O último fim de semana foi à festa julina CERJ e CEG e eu caçando o que fazer resolvi escalar, mas como escalar em Salinas ainda é um desafio não fui pra essas bandas. Foi então que Miriam me disse que havia uma via bem tranqüila em um dos Bicos da Sebastiana, onde ela havia aberto uma caminhada. Procurei, procurei e nada de achar o croqui.
A via é do UNICERJ até entrei em contato, mas não me retornaram. Então pesquisando mais achei umas conquistas de 2009/2010 na Pedra das Sebastianas com croqui, informações, tudo certinho.
O segundo desafio era conseguir uma parceria para a empreitada, após o furo de uma primeira parceria o Fernando topou ir comigo, quando propus eu ouvi resmungos e depois de um tempo ele disse que os resmungos era um sim, entendi nada. Mas fiquei feliz 🙂 Já tinha parceria.
Resolvemos seguir para Salinas ainda na sexta, eu, Fernando, Amaralina, Beatriz e Lívia e chegamos lá por volta de 14h e animamos de fazer o Cabeça de Dragão (Fernando deve contar essa pra vcs).
No sábado o horário de encontro da caminhada com a Miriam era ás 9h30 no início do Vale dos Frades, por não conhecer bem o lugar decidimos acompanhar este horário com o grupo da caminhada e por volta das 10h30 eu e Fernando estávamos iniciando a caminhada de aproximação para a Pedra das Sebastianas.
Essa caminhada durou cerca de 1h e às 11h40 começamos a escalar a Via Castelo de Cartas, que é um 3º IV D1 E4, os lances longos em certos momentos impressionam, mas o fato de a via seguir mais ou menos em linha reta alivia um pouco a exposição. Eu e Fernando seguimos revezando a via, em dado momento cruzamos com uma cordada onde estavam Leonardo do Teresopolitano e Gabriel do Light, foi quando eu fui informada que o croqui que eu seguia havia um erro, ele falava em seis esticões, mas na verdade eram sete.
Um dos esticões estava suprimido, após pegar algumas informações seguimos na via, foi quando outro grupo que estava na via – sim, parecia a Babilônia, rs – começou a fazer comentários por onde o Fernando seguia. Era um lance de aderência meio sujo e escutávamos: “Xi, ele pegou o caminho mais difícil, pelo outro lado é mais fácil, ali tá muito sujo e não tem agarra”. Tive pena do menino guiando naquelas condições, rs. Mas passado o susto, seguiu e chegamos no esticão crux da via, uma sequência de IV grau em aderência.
Era minha vez de guiar, o lance de IV era bem na saída da parada e não havia grampo, pensei “ok, faço o lance e a graduação cai”, não rolou bem assim e após ouvir um grito do Fernando sinalizando que já havia esticado 30 metros de corda e eu ainda não havia costurado nada rolou uma tensão, que seguiu mais um tempo até visualizar um grampo escondido por vegetação.
Como havia pouca corda e eu não estava visualizando nenhum grampo resolvi chamar ele ali e como já eram 14h decidimos começar a descer para não pegar a via no entardecer, pois alguns grampos poderiam ser de difícil localização. Terminamos o rapel as 15h30 e chegamos no carro as 16h30.