Aniversário do queridíssimo Caiê. Churrasco no belo sítio da hospitaleira família Vizintini, em Secretário. Faltava apenas uma trilha nova e desafiadora para meu sábado de montanha ser perfeito! De repente, não faltava mais nada, já que o Mariozinho se prontificou a guiar os interessados ao cume da Pedra do Taquaril, localizada em Petrópolis, distrito de Pedro do Rio.

A essa iniciativa aderiram Sol, Jana, Arthur, Carlos, Hernando e Felipe Rocha, um integrante do CEB trazido pela Sol.

Saímos do Rio às 6:00, em três carros, reunimo-nos no Alemão e seguimos em comboio até uma padaria em Nogueira, para o café da manhã.

Reunidos e alimentados, seguimos para o sítio de uma antiga conhecida do Mariozinho, onde começa a trilha. A busca não foi tão tranquila, pois, apesar de ter passado a infância na região, nosso guia não a frequentava há bastante tempo… tivemos que parar várias vezes para pedir informações e vasculhar as placas sinalizadoras, nem sempre cumpridoras de seu papel!

Finalmente encontramos o sítio e começamos a caminhada às 9:40; atravessando um pasto por uns 10 minutos, entramos numa mata densa, onde, segundo os relatos que o Mariozinho tinha lido, permaneceríamos por cerca de 1 hora e meia. A seguir, segundo ainda nosso guia, encontraríamos um costão, que levaríamos 1 hora para atravessar. Como não sabia da condição da trilha, ele estimou que faríamos o percurso todo em cerca de 3 horas.

De fato, a caminhada pela mata foi lenta, pois a trilha estava um pouco fechada e nossos valorosos varões se revezaram batendo facão para limpá-la para nós.

A partir mais ou menos da metade desse trecho de mata, a trilha fica bastante íngreme, com trechos bem degradados… tínhamos quase que escalar em terra, usando raízes e tufos de vegetação como agarras.

A partir de determinado momento, a vegetação mudou bastante, deixando de ser mata densa, para parecer mais um campo rupestre, ou seja, vegetação encontrada sobre topos de serras e chapadas de altitudes superiores a 900 m, com afloramentos rochosos onde predominam ervas, e arbustos, podendo ter arvoretas pouco desenvolvidas (essa definição eu vi na Wikipédia).

Bem, esse trecho era tão íngreme quanto o precedente, e nos custou bastante esforço para vencê-lo – pelo menos a alguns de nós! O pior, para mim, é que via a hora passando e não chegávamos ao costão. Percebíamos que esse trecho chegava a um platô, mas alguém disse logo, ‘é um falso cume!’. Quando estávamos com 2h e meia de caminhada, pensei com minhas botas, ‘não vou fazer esse cume; quando chegar o tal costão, sento para o lanche e espero a galera voltar’.

Mas eis que ao vencermos o campo rupestre nos deparamos com o belíssimo cume da Pedra do Taquaril!! Na verdade, não era um costão liso que tínhamos que vencer, mas exatamente uma crista coberta com campo rupestre!! O visual era maravilhoso, com 360° de vista.

Depois do rápido lanche, nos apressamos a descer, não só porque algumas nuvens se aproximavam, com também porque nos esperava a festança de aniversário do Caiê.

A descida mereceu cuidados, pelas fragilidades da trilha e sua acentuada inclinação. Ao final, encontramos um delicioso poço onde pudemos tomar um refrescante banho e partir para Secretário.

A festa do Caiê, como não poderia deixar de ser, foi nota 1.000!! Amigos, piscina, cervejinha gelada e delicioso churrasco!! Depois de um dia de trilha!! Quem pode querer alguma coisa mais??