Pessoal,

Esse final de semana finalmente conseguimos concretizar o nosso projeto de fazer a Serra Fina em 2 dias. Uma caminhada prá lá de puxada, mas com uma turma dessas, impossível não ter sucesso.
Participantes: Mariana Santos, Katia Pacheco, Valéria Aquino, Caie Visintin, Charles Diniz, Daniel Rodrigues e eu.
Depois de várias conversas decidimos sair 1 h da manhã do sábado de dobló até Passa Quatro, aonde nos encontrava o Edinho (Edinho Edson Cipriano Toyota Serra Fina Resgate – Av José Inácio Siqueira, 50 – Bairro São Miguel, Passa Quatro, https://goo.gl/maps/GjbFU    +55 35 3371-1660, +55 35 99963-4108, +55 35 99109-2022) para nos levar na entrada da trilha.
Dobló ( José Luis +55 21 98789-2768) ida e volta para o Rio de Janeiro custou R$ 1.000.
Edinho cobrou R$ 250 para ir de Passa Quatro até quase a entrada da Toca dos Lobos.
Chegamos na casa do Edinho as 5 h, sem tomar café, com tudo fechado.
No Graal aonde paramos para reabastecer com gas, tinha muitos ônibus, levando gente para Aparecida do Norte e não tinha nem como entrar no banheiro. Centos de pessoas.
Nessa hora, então, pegamos um fogareiro e fizemos um café na porta da casa do Edinho e partimos.
O novo camiãozinho do Edinho tem teto, não como aquele que usamos uns 15 anos atrás, só que os pneus estavam muito gastos e ele nos deixou meia hora antes da entrada da trilha.
Começamos a andar 7:30 da manhã. O caminhão é bem desconfortável.
Lembro que a primeira vez que eu fiz, com mochila cargueira, levando 6 litros de água cada um a chegada ao Capim amarelo foi com unhas e dentes. Essa vez, minha mochila estava bem mais leve, já que considerando que sou prioritária, o pessoal dividiu grande parte do meu peso e me deixou andar bem mais leve. Não quer dizer que por isso fiz a travessia saltitando em dois pés. Tomara que assim fosse, mas foi dura. As subidas deixam a respiração bastante agitada. E subir no capim amarelo não é “moco de pavo” (como se fala na Argentina).
Mas sempre que lemos os relatos, está ai, primeiro cume, Capim Amarelo. Sim primeiro cume, depois de passar por inúmeros de outros cumes. 10:45 chegamos a esse cume.
Nas minhas outras excursões, esse foi o ponto de acampamento.
Mas o objetivo era pedra da mina, para montar as barracas ou então tentar seguir mais um pouco, mas não da para andar pelo Vale do Rhua de noitinha, porque o caminho é muito confuso.
Tudo mundo diz, depois do Capim Amarelo é a Pedra da mina, sim, depois, depois, depois, depois, até 17:25 que chegamos no cume.
Passamos por uma cachoeirinha, que uma das excursões anteriores nos fizemos nosso segundo acampamento, mas essa vez, só pegamos água. Claro que Valéria queria tomar banho, mas não deu, para fazer em dois dias, não da para parar muito.
Já considerando que íamos pernoitar na Pedra da Mina, olhando para o gigantismo dela, dei uma respirada, bebi bastante água e fui subindo lentamente sem parar.
Montamos acampamento, o único que decidiu esquentar comida foi Charles, levamos só um fogareiro para tudo mundo, e teve gente que não se animou a sair da barraca, achando que estava muito frio. Eu não achei não.
Na vez passada nossa segunda noite foi na pedra da Mina, agora estava sendo a primeira e única.
Não tinha muita gente lá encima, e o por de sol foi bonito.
8h da noite estávamos dormindo e acordamos 5:30h depois de uma noite bem dormida.
Vimos o sol nascer, preparamos nossas coisas, mas partimos 7:30h, só que no lugar de olhar no GPS, fomos atrás dos totens que nos levaram para outro caminho, e com isso perdemos 1 hora.
O Vale do Rhua é muito confuso e tinha um paulista acostumado a fazer Serra Fina que foi na frente e nos orientou até a cachoeira. Novamente para tristeza da Valéria, não entramos na água. Lembro que quando fiz em 3 dias e meio aproveitamos o banho. Mas carregamos água, mais ou menos 3 litros  para cada um.
No meio do Capim cruzamos com uma jararaca, que armou para atacar-nos, mas conseguimos escapar. Era pequenininha.
Seguimos no nosso ritmo e nunca que chegava o cume dos Três Estados, até atingi-lo às 13:h. Uma subida bem íngreme. Local onde fizemos vez passada o terceiro acampamento.
Muita especulação de a que horas chegaríamos no ponto de encontro com a dobló. Muita gente pessimista. Liga para o José, não liga para o José, mas não liguei. Confiando que a gente chegaria pontual ou antes.
Chegamos até o ponto aonde tínhamos abortado na tentativa anterior, ai o pessoal ficou mais tranquilo porque sabia mais ou menos quanto faltava, algumas subidas e passamos pelo lugar aonde fizemos o bivaque, e depois é quase que tudo descida, pouca subida.
Caie e Valéria se adiantaram e esperaram a gente na água, quando chegamos nesse ponto, a alegria era demais. A gente estava até contando as intimidades. Charles passou a viagem falando besteiras, estava muito inspirado.
A travessia tinha terminado com sucesso absoluto.
Descemos na maior tranquilidade. No sitio de Pierre apareceu um caseiro que nos convidou com café e bolo. O café acabou não saindo. Eram 17:30h, tínhamos marcado o resgate 19h, então relaxamos, aproveitamos o final da tarde. Conhecemos o sitio.
Chegamos na estrada no horário que tínhamos combinado com o motorista.
O José Luis não acreditava que tínhamos chegado pontuais.
Claro que paramos no Registro para o café e o queijo, impossível não parar e comer um pastel.
Foi uma travessia gloriosa!
Deixou um sabor de quero muito mais!
O primeiro dia andamos 12,47 km e o segundo 15, 84km. Foi um total de 28,31 km, mas com muito desnível. Primeiro dia andamos 8h 27 min e segundo 9h 35 min.
o primeiro dia tem mais de 1.800 m de elevação e o segundo 867 m.
beijos a todos e boa semana.