Prateleiras pela Via Sul + Travessia Prateleiras / Couto – Parque Nacional de Itatiaia
Chegamos, eu, Valéria, Emílio e Ana Paula, ao hotel Picus na sexta-feira, dia 23/06, por volta das 20h partindo do Rio de Janeiro. Ali também estavam a grande maioria dos que foram na excursão. Assim que chegamos fomos logo preparando a janta. Na cozinha encontramos a Ester Capela, ao que nos contou da grande quantidade de grupos de excursão nas vias tradicionais. Como iríamos para as Prateleiras com um grupo de 10 pessoas, ela sugeriu que acordássemos cedo para garantir a entrada no Parque, já que há limite de visitantes. Assim, recolhemos logo os dados e o dinheiro das entradas daqueles que iriam às Prateleiras. Marcamos às 7h em ponto, na entrada do Parque. No Sábado, eu e Valéria acordamos bem cedo, e antes das 6h já estávamos na porta do Parque para garantir a vaga da nossa excursão para as Prateleiras pela Sul. Nos deparamos com dez carros à nossa frente, sendo que os dois primeiros da fila eram vans. Ou seja, uma grande fila para garantir a entrada. O Parque oferece 80 vagas para subir ao cume das Prateleiras e mais 80 para o cume das Agulhas Negras, sendo esses os mais procurados. Esperamos, fizemos nosso café ali mesmo, e nos agasalhamos pois estava bastante frio. O Parque abriu às 7h e logo garantimos a entrada para nosso grupo.
Partiram: Caiê, Valéria, Kátia, Hernando, Fernando Cabelo, Carrasqueira, Solange, Emilio, Ana Paula e Vinicius, primo da Solange.
Material checado (o Parque verifica se possui material necessário para fazer a atividade), grupo reunido e bora caminhar e esquentar o corpo. Começamos por volta das 8h, o dia amanheceu muito bonito, com sol e céu azul. Já na placa que sinaliza a trilha para as Prateleiras, após passar do abrigo Rebouças e cachoeira, tiramos nossos casacos e rumamos até a base das Prateleiras. Caminhada bem fácil, aberta e sinalizada.
Chegamos na base rapidamente junto com um grupo de aproximadamente 8 pessoas que estavam em uma excursão, e que também andavam rápido. Decidimos agilizar, pois imaginamos que outros grupos surgiriam. Ana Paula decidiu não subir até o cume e Emilio ficou com ela. Avisaram que iriam fazer umas fotos e que voltariam pelo mesmo caminho. O restante do grupo seguiu e começamos a negociar por trepa pedras e buracos. Hernando e Valeria foram um pouco mais a frente reconhecendo o caminho e nos orientando. Hernando já conhecia bem o trajeto. Passamos por canaletas, rampas e chegamos ao pulo do gato. Tínhamos algumas fitas longas e resolvemos fixá-las no grampo para descer e mantê-las ali para nossa volta, passamos em segurança. Andamos por mais uma crista de pedra e logo nos deparamos com mais um lance para acessar o cume. O grupo da excursão estava na frente e fixou uma corda, pedirmos permissão para usar e todos rapidamente atingimos o cume. E VIVA!!!! Com bastante alegria assinamos o livro, nos abraçamos, tiramos fotos e decidimos descer em seguida para lanchar mais na base. O cume é pequeno e resolvemos não ficar muito tempo por lá. Descemos sem nenhum problema, porém nos deparamos com diversos grupos subindo. Me lembrou a Carrasqueira da Pedra da Gávea… muita gente….
Quase perto da base paramos em um grande bloco de pedra com uma bela janela e fizemos nosso lanche. Dali avistávamos o começo da Travessia Pateleiras x Couto , bem definida vista de cima. Decidimos que seria interessante voltarmos pela travessia. Uma boa caminhada. Estávamos com horário bom e após o lanche partimos às 10:44h. O visual estava incrível, a caminhada muito bem sinalizada, com subidas e descidas, ora passando por trilhas no capim, ora por lages de pedra, passamos até por uma gruta, e caminhamos por exuberantes de blocos de pedra. Nos distanciando das Prateleira avistávamos, de um lado a bela formação das Agulhas Negras, Asas de Hermes, Pedra do Altar e varias outras e, do outro, a incrível e imponente Serra Fina. Avistamos também a Ponta da Serrilha dos Cristais, e fiquei instigado em conhecê-la numa próxima oportunidade.
Atingimos o cume do Couto por volta das 15h. A descida do Couto passa por um grotão de grandes pedras e emenda com uma bela e estreita crista. Seguimos até as antenas com fácil orientação, na base das vias do Couto encontramos nossos amigos escalando: Marcelo, Anabel e filha, Camila, Rosa e Ricardo, todos do Cerj. Dali iniciamos uma suave descida e já estávamos bem próximos ao estacionamento, onde chegamos às 16h. Estávamos felizes pelo dia bem aproveitado e lembramos que ainda não tinha acabado, pois mais tarde teríamos queijos e vinhos no Hotel Picus. Voltando para o hotel, paramos no Registro para comer pastel e pão de queijo. Já no hotel aproveitamos a noite bebendo, comendo e comemorando o aniversário da Miriam com todo o grupo. Um Belo dia de montanha, confraternização e comemoração!
Abraço
Caiê F. Visintin