Queria muito conhecer a pedra da Bunda. E quem não gosta dela? Finalmente consegui que Nilton me levasse para escalar uma viazinha lá. Segundo ele, achava que seriam 3 esticões curtinhos. Nilton também não conhecia a via.
Na verdade não foi nada disso, nem sei quantos fizemos. Curtinhos foram, mínimo cada um de 30 m.
a pedra é nas costas do PNSO, talvez por isso o nome, Pedra da Bunda. A entrada não é pelo parque, o caminho até um certo ponto é o mesmo para a Cascata dos Amores, depois, olha aonde está a pedra e procura qual é a rua certa nesse labirinto de ruas. No final de uma rua, tem um cartaz do parque e um aviso dizendo para Não Entrar!!! então entra nessa trilha e cerca de 200 metros depois saia dessa trilha principal a sua esquerda
A trilha está bastante aberta, parece que muitos respeitam o aviso. Passa por um rio, tem que atravessa-lo e logo depois suba um barranco e a trilha da pedra aparecerá.
Chegando a base tem uma via de nome Na Bunda Nada, e outra Na Bunda Não, que foi a que fizemos.
Começa o primeiro esticão com um diedro que tem que usar friends pequenos. Terminando o diedro começa a surpresa dos grampos, se pode se chamar aquilo de grampos. São cantoneiras com um parafuso e uma porca, muito suspeitos. Parece que compraram na loja de ferragens. Fiquei pensando se íamos rapelar neles. Uff!
A via contínua com uns lances que podem ser 4to ou 5to sei lá, com crux em 6º. Tem abaulados, aderências, agarrencias, agarras, para todos os gostos, as seguranças são todas nessas cantoneiras e num determinado momento elas tem uma argola. A via é muito interessante.
De repente a gente se enfrentou também com uma artificial com alguns parafusos. A via não é reta, tem que ficar atento para encontrar o próximo grampo. E ela não terminava, e o Nilton falando: já estamos no cume, é ai. Mas tinha mais um esticãozinho.
Ele tinha feito a outra e sabia que rapelar pela outra era melhor, tem grampos. Era só chegar ao cume.
Bom, finalmente chegamos, mas como começamos muito tarde, pensando que era curtinha, tivemos que nos apressar para procurar o grampo de rapel da outra via e descer correndo. Esquece comer, beber, nada disso existe numa situação dessa. Só descer rápido mas com atenção.
O rapel da Não Bunda Nada, também não é reto. Se não conhecer a via, fica difícil achar. Será que alguém fez croqui disso?
Chegamos embaixo para ligar as lanternas e arrumar tudo, comer alguma coisa e descer a trilha no escuro, mas a trilha é curtinha. Uma meia hora.
Chegamos com alma lavada de ter feito uma boa via e curtido o domingo.