De um jeito ou de outro, eles sempre se superam. O japonês Yuichiro Miura, 75, se prepara para escalar o Everest. Treina pesado. Ele integra o grupo de escaladores japoneses mais velhos a caminho da montanha mais alta do mundo: “Espero transmitir a mensagem de que temos o potencial para muitas coisas nessa sociedade em envelhecimento”. Ele já conhece o caminho. Aos 63 e aos 70, atingiu o pico, mas foi superado por Katsusuke Yanagisawa, 71 anos. “A deusa do Everest está me chamando”, disse Miura. A mulher mais velha no Everest também é japonesa: Tamae Watanabe, em 2002, aos 63.

O brasileiro Renato José Sobral Pinto, 79 anos, já escalou muito. E registrou tudo. É o “historiador visual” da escalada no Brasil. O acervo fotográfico é uma forma de divulgar o esporte que praticou desde 1957. “Hoje, não pratico, mas faço questão de mostrar a fotografia do tempo em que as pessoas davam duro para abrir trilhas, sem recursos. Desbravadores abriam as vias em dois anos e meio, como no Pão de Açúcar. E a gente escalava em duas horas”, lembra.

Informações: Clube Excursionista Carioca (2255-1348) Centro Excursionista Guanabara (2232-0559), Centro Excursionista Rio de Janeiro (2220-3548).


Escalada em 1960, na Chaminé Galloti, no Pão de Açúcar, retratada por Sobral Pinto

Fonte: Matéria originalmente publicada no jornal O Dia, em 26 de novembro de 2007.