No mês de julho de 1997 me associei ao CERJ. O Paulo de Paula e eu comentamos com a Lúcia, durante a aula de alongamento na ACM, que com o término das atividades do programa da Prefeitura “Conhecendo o Rio à Pé”, estávamos órfãos de caminhadas, quando esta se lembrou da programação de uma caminhada ao Pico da Bandeira que o CERJ, um dos vários clubes de montanhismo da nossa cidade, faria neste mês. Na primeira quinta-feira após esta conversa, era o dia 10, tratamos de visitar a sede do CERJ, aonde fomos muito bem recebidos e lá reencontrei o Marcelo Maricá com quem eu já havia participado de uma escalada ao Dedo de Deus, quando após meu curso de escalada, eu ajudava o pessoal do Cabeça Verde guiando alunos das turmas que se seguiram a minha.

Imediatamente o de Paula e eu nos associamos ao clube; portanto, minha data de matrícula é 10 de julho de 1997, e sem pestanejar, nos inscrevemos e fomos aceitos para participar da excursão ao Pico da Bandeira, que assim sendo foi nossa primeira atividade no CERJ. Minha primeira escalada pelo clube foi o meu quinto Dedo de Deus; em agosto fiz minha primeira Petro x Tere e a Travessia da Neblina; em setembro o Pico do Inficcionado no Caraça; em outubro o primeiro Escalavrado; em novembro a primeira Pedra da Gávea e o Costão do Pão de Açúcar e em dezembro o Morro de São João no PNSO; nada mau como início na comunidade Cerjense. A partir de 1998 passei a fazer parte do DT como guia comissionado e no ano 2000 cursei a ETGE me tornando guia diplomado do CERJ.

Ao longo destes dez anos de convivência no CERJ, tenho tido a felicidade de conhecer e conviver com grandes figuras do montanhismo nacional, tanto da velha guarda, alguns que até já partiram do nosso convívio, como dos contemporâneos; além é claro, da grande satisfação de vir participando ao longo deste período da iniciação de vários novos montanhistas. São tantos e tão prazerosos os contatos na comunidade que eu prefiro nem tentar nomear todos aqui, para não incorrer no risco de deixar de mencionar alguns nomes dos que compõem esta importante galeria.

Posso garantir a todos, que o ambiente que temos no CERJ, a troca de energia que o bom clima reinante favorece, tem me proporcionado neste período muita satisfação e tenho aprendido muito com todos vocês independentemente de se tratar de veteranos ou de novatos, todos sem exceção têm muito para trocar e ensinar. Durante estes 10 anos angariei muitos amigos, fui adotado e adotei alguns filhos e filhas, participei de memoráveis excursões, partilhei dezenas de cumes por este Brasil afora e curti muitos Últimos Grampos com momentos de alegria extrema, pois afinal: É Isso Que a Gente Leva Desta Vida!

Mas, como na vida nem tudo são flores, também vivi alguns momentos tristes de perda de membros tão queridos da nossa comunidade que agora velam por nós lá de cima; é a vida, que apesar de tudo é bela e tem que ser bem vivida pelos que aqui ficam, mas para isso, cada um Tem Que MERECER!

Viva o CERJ e toda a comunidade Cerjense, e muito obrigado por estes Dez bem vividos, anos da minha vida.

José de Oliveira Barros (Zé)