Conheci o CERJ através do site na internet enquanto procurava por caminhadas e trilhas nas montanhas do Rio. Em junho de 2009, fui conhecer a sede do clube e ainda no saguão me deparei com o Carrô e com um amigo que iria comemorar seu aniversário de 79 anos no dia. Fiquei assustada e pensei: o que eu estou fazendo aqui? Como assim um clube de montanhista com velhinhos? Aos poucos foi chegando a “mulambada” (expressão que logo depois da primeira excursão entendi o significado). Gostei do ambiente da sede, pessoas de diferentes idades, papo legal e muitas histórias.

Iniciei as atividades de caminhada com o Muniz na floresta da Tijuca. Logo depois participei da excursão com o Wal em Ilha Grande, onde consegui estreitar meus laços de amizade e na semana seguinte, Pedra D`Anta, o meu primeiro sufoco, trilha íngreme, terra molhada e despreparo físico. Literalmente me acabei nessa trilha e foi legal ver a solidariedade e a preocupação dos amigos.

Fiquei sabendo do CBM pelos colegas do clube e aguardei ansiosa todos esses meses para poder participar. E realmente valeu a pena esperar tanto, adorei!

Embora não tenha procurado o clube para escalar, gostei muito da experiência. Depois do CBM, não sei dizer o que prefiro, se é fazer uma trilha ou escalar, mas isso não importa já que posso fazer as duas coisas, afinal no CERJ tem lugar para todos!

Agradeço a dedicação e mobilização dos guias durante o CBM. Para mim o curso foi na medida certa, as atividades foram gradativas possibilitando uma familiaridade com a escalada de maneira suave e sem traumas. Pretendo daqui para frente me dedicar bastante à escalada com a certeza de que ninguém se torna um escalador da noite para o dia, muito menos depois do CMB e sim com a prática constante da atividade, pensamento este, sempre frisado pelos guias durante o curso.

Em particular, terminei o CBM com maior confiança e com um aprendizado importante para a vida que adquiri no campo da experimentação: a certeza de que todos realmente são capazes de fazer aquilo que desejam desde que queiram de verdade. E que venham as trilhas e escaladas!

Marcela Campista
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Cheguei ao CERJ através de uma amiga que é sócia do clube e me falou que o curso começaria em março. Ela comentou sobre o clima do clube e fiquei animado.

A princípio queria começar a escalar, mas quando fiquei sabendo do tal curso de “montanhismo” procurei saber a diferença. Descobri que além das aulas de escalada ainda tinham aulas teóricas e práticas de caminhada e acampamento! Logo vi que o curso seria completo. Na época em que pensei em fazer o curso eu estava viajando bastante (principalmente de bicicleta). Achava também que o curso iria me deixar mais preparado para minhas viagens.

Só fazendo o curso eu pude ter uma ideia do que é ser montanhista. E gostei! Além de tudo o que eu aprendi nas aulas, tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas novas, o que é muito bom, principalmente quando todos têm um interesse comum, o montanhismo. Já percebi que no ambiente do montanhismo as pessoas são muito receptivas e muito amigáveis. Não somente o pessoal do clube, mas todos que conheci por causa de escaladas e caminhadas.
Enfim, o curso foi ótimo, aprendi bastante, conheci muitas pessoas e ainda há muita gente no clube que não conheço. Aguardo muitas caminhadas, escaladas e viagens por vir.

Nicolau Sarquis Aiex
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Durante um bom tempo sofri uma pequena pressão familiar para entrar no CBM. Finalmente no ano de 2010, com disponibilidade de tempo e depois de saber que contaria com uma turma super disposta e divertida, finalmente fiz minha inscrição. Minhas expectativas quanto ao curso eram estritamente relacionadas à questão técnica do esporte, e devo dizer estas foram altamente superadas. O curso contou com professores de alto nível, porém não foi esse o fator que mais impressionou. O carinho, paciência, atenção, com que fui tratada por todos, esse foi o fator surpresa.

Gosto de pensar que durante o curso eu não só aprendi noções básicas de escalada, mas que ganhei uma família. Família esta formada por nossos guias que foram verdadeiros anjos da guarda; por nossos companheiros de CBM que se tornaram verdadeiros irmãos, sempre sendo solidários uns com os outros; e finalmente família formada por todos que contribuíram disponibilizando seu tempo, material, atenção, sem nem ao menos saber quem somos nós. Fico feliz de dizer que hoje faço parte desta enorme família CERJ que acolheu nossa turma do CBM 2010 e nos transformou em pessoas melhores. Parabéns a todos os formandos pela conquista e aos mestres pelo feito. Não é qualquer um que aguenta essa turma não!

Obs.: mas o importante mesmo foi quebrar a maldição do ano par.

Maria C. da Fonseca Costa
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A minha motivação para começar a escalar foi porque eu estudo muito, o dia todo e isso começou a me estressar. Senti que precisava de alguma coisa nova em que eu pudesse extravasar. E tinha que ser algo que me estimulasse também, que desse aquele gás, então, nada melhor do que a escalada. Eu já tinha pesquisado alguns clubes que oferecem o curso básico e, por indicação da Bruninha (do CBM 2009) escolhi o CERJ.

Uma coisa que me surpreendeu muito durante todo o curso foi a dedicação de todos os guias, o que me fez perceber que o montanhismo, a vontade de fazer parte desse mundo é algo que vem de dentro, não é apenas fazer trilha de vez em quando, é ter a montanha no sangue. O mesmo acontece na escalada. Quem pratica não pratica por modismo, está no sangue. E só é possível compartilhar essa vida com quem sente o mesmo, quem está de fora não entende.

Gostei muito das aulas teóricas que eu consegui assistir, principalmente da aula sobre animais peçonhentos.

Adorei as escaladas, amei aquele rapel alucinante em Itacoatiara e o acampamento… Eu nunca tinha acampado e fiquei encantada. Odiei a subida o tempo todo, se não fosse o Zé, eu teria ficado no meio do caminho, mas ver o pôr do sol no cume superou todo o estresse. Palavras e fotos sempre ficam aquém do que realmente é.

Janaina Cruz