Da primeira vez que fui ao Chile admirei distante os vários vulcões pelos quais passei, imponentes na paisagem. Essa segunda visita não poderia ter outro início se não a exploração de um desses. O cerne desse planeta, dito Terra, incandescente, vivo, e que a qualquer momento pode nos surpreender com a sua potência. A última erupção do Llaima foi em 2008, e os vapores quentes na sua cratera não permitem que nos esqueçamos que seu fogo ainda arde abaixo de nós. Ainda no início da caminhada ao topo do Llaima, com os seus 3125m de altitude, os tons de branco da neve e o negro das pedras vulcânicos causam um grande contraste. Contrastes da vida…foi um ano difícil. Talvez você não acredite pelo recorte que tem acesso a minha vida pelas redes sociais. Muitos sorrisos, aventuras, lugares novos, esportes novos…mas…existe um outro lado, de perdas, choros, corações partidos, medo. E tudo isso vem enquanto percorro esse caminho. E o mais insano é o sentimento que apesar disso tudo estou nesse lugar, que privilégio!

Uma paisagem nova para os meus olhos e que me trouxe muitas novas experiências: altitude, caminhar na neve, utilizar equipamentos e técnicas específicas para esse tipo de ascensão, brincar na neve (Você quer brincar na neveee? Dúvido ler sem cantar, rs), perceber o que nos indicam as sutilezas. Primeiro caminhamos em uma terra negra, formada pelos elementos da erupção anterior. Passamos por alguns nevados, e crampons e piolets se tornaram itens importantes. A lição é ali, enquando subimos. Não há nada mais prático. Avançar sobre a neve pode ser difícil. É preciso manter o contato de cada ponta do crampon com a neve para aumentar a área e assim ter um passo mais seguro. Uma lição para a vida, né? O que te sustenta? Eu por aqui sigo buscando meus alicerces. E seguindo os passos do guia, uma pessoa com muita experiência nesse terreno, e que sabe por onde caminha. Mesmo assim, piso em falso e escorrego, vou descendo pelo gelo, até conseguir me travar. E quem nunca tombou nessa vida, né? O importante é tentar manter a clareza do que precisa ser feito para frear essa descida, levantar e seguir. O guia me alcança e confirma se está tudo bem. Tudo certo! Voltamos ao caminho e o guia mais atento aos meus passos. Algumas áreas dos nevados são mais íngremes e exigentes fisicamente.

Chegamos a um momento em que para acessar o nevado seguinte precisamos atravessar uma área cheia de terra e pedras, ao que aqui se chama acarreo. A sensação é que a cada 3 passos dados, somente um te movimentou na direção desejada. Então, podem imaginar a dificuldade de caminhar nesse tipo de terreno com os crampons nos pés…foi um alívio chegar no nevado seguinte. No entanto, esse era só o primeiro acarreo que passaríamos. Depois do último nevado enfrentamos um terreno cheio de pedras, agora sem crampons, para caminhar por um bom tempo. Extenuante! Viver é cansativo. Nos exige tanto…mas o que poderia ser melhor que sentir sua respiração ainda ofegante no topo de um vulcão ativo? Naquele momento, para mim, nada! Pequenos focos de vapor quente indicam sua atividade. E os veios negros da sua última erupção formam caminhos desde o topo e infiltram no bosque ao redor. Um rio sólido de pedra vulcânica. A paisagem encanta nos seus 360 graus: vulcões, cadeias de montanhas, lagos e bosques. Quanto vale estar em um lugar assim? Para mim impossível precificar essa experiência. Finalmente o elemento fogo entra na minha mandala comemorativa, e tem início aqui dentro do meu ser várias conexões desse projeto. Sabe quando as peças que antes pareciam não ter qualquer correlação agora começam a se encaixar?

Na descida o acarreo até ajudou…aquele ditado “Para baixo todo santo ajuda” não poderia estar mais certo. E os aprendizados continuaram: técnica de descida nesse tipo de terreno e depois detenção na neve. Assim como a brincadeira…alguém desceu de bunda na neve? Quem??? Nesses momentos sinto que minha criança interior me dá as mãos e me chama para brincar. Meu riso fica solto como o dela. E lá vamos nós…Final da caminhada, e de um dia tão cheio de emoções, novidades e aprendizados, que nem sei como descrever isso. Como sempre, quero mais!

Uma paisagem nova para os meus olhos e que me trouxe muitas novas experiências: altitude, caminhar na neve, utilizar equipamentos e técnicas específicas para esse tipo de ascensão, brincar na neve (Você quer brincar na neveee? Dúvido ler sem cantar, rs), perceber o que nos indicam as sutilezas. Primeiro caminhamos em uma terra negra, formada pelos elementos da erupção anterior. Passamos por alguns nevados, e crampons e piolets se tornaram itens importantes. A lição é ali, enquando subimos. Não há nada mais prático. Avançar sobre a neve pode ser difícil. É preciso manter o contato de cada ponta do crampon com a neve para aumentar a área e assim ter um passo mais seguro. Uma lição para a vida, né? O que te sustenta? Eu por aqui sigo buscando meus alicerces. E seguindo os passos do guia, uma pessoa com muita experiência nesse terreno, e que sabe por onde caminha. Mesmo assim, piso em falso e escorrego, vou descendo pelo gelo, até conseguir me travar. E quem nunca tombou nessa vida, né? O importante é tentar manter a clareza do que precisa ser feito para frear essa descida, levantar e seguir. O guia me alcança e confirma se está tudo bem. Tudo certo! Voltamos ao caminho e o guia mais atento aos meus passos. Algumas áreas dos nevados são mais íngremes e exigentes fisicamente.

Chegamos a um momento em que para acessar o nevado seguinte precisamos atravessar uma área cheia de terra e pedras, ao que aqui se chama acarreo. A sensação é que a cada 3 passos dados, somente um te movimentou na direção desejada. Então, podem imaginar a dificuldade de caminhar nesse tipo de terreno com os crampons nos pés…foi um alívio chegar no nevado seguinte. No entanto, esse era só o primeiro acarreo que passaríamos. Depois do último nevado enfrentamos um terreno cheio de pedras, agora sem crampons, para caminhar por um bom tempo. Extenuante! Viver é cansativo. Nos exige tanto…mas o que poderia ser melhor que sentir sua respiração ainda ofegante no topo de um vulcão ativo? Naquele momento, para mim, nada! Pequenos focos de vapor quente indicam sua atividade. E os veios negros da sua última erupção formam caminhos desde o topo e infiltram no bosque ao redor. Um rio sólido de pedra vulcânica. A paisagem encanta nos seus 360 graus: vulcões, cadeias de montanhas, lagos e bosques. Quanto vale estar em um lugar assim? Para mim impossível precificar essa experiência. Finalmente o elemento fogo entra na minha mandala comemorativa, e tem início aqui dentro do meu ser várias conexões desse projeto. Sabe quando as peças que antes pareciam não ter qualquer correlação agora começam a se encaixar?

Na descida o acarreo até ajudou…aquele ditado “Para baixo todo santo ajuda” não poderia estar mais certo. E os aprendizados continuaram: técnica de descida nesse tipo de terreno e depois detenção na neve. Assim como a brincadeira…alguém desceu de bunda na neve? Quem??? Nesses momentos sinto que minha criança interior me dá as mãos e me chama para brincar. Meu riso fica solto como o dela. E lá vamos nós…Final da caminhada, e de um dia tão cheio de emoções, novidades e aprendizados, que nem sei como descrever isso. Como sempre, quero mais!