Recebi o convite da minha amiga Miriam Gerber para ir escalar em Salinas, Miriam havia marcado com a Amanda de escalar por lá. Logo, achei que seria uma boa oportunidade de escalar a Cerj com a Valéria, que estava ansiosa com esta escalada e eu estava animado para guiar a via. Eu ainda estava munido de três friends médios e nuts médios emprestados pela Miriam.

Saímos do Rio sexta a noite e fomos acampar no Mascarim.
Acordamos, depois de uma noite bastante fria, tomamos café, nos aprontamos e as 7 horas estávamos caminhando em direção a base da escalada. Nos aproximando do vale dos deuses, presenciamos tudo coberto por uma geada que ocorreu durante a madrugada gelada. Para nossa sorte dia amanheceu com bastante sol, o que foi muito bom, pois não precisamos de muitos casacos. Na trilha para a base da Cerj, encontramos duas mulheres  que iriam escalar a via. Tentei passar pedindo licença, mas não consegui. Era uma guia com sua participante (aluna) que iriam escalar a via como  prova pratica de escalada. Nereida e Juliana. Não nos deixou passar nem um momento durante a escala. Como Eu e Valéria somos tranquilos, fomos curtindo lentamente a via. tendo mais tempo para a contemplar a beleza do lugar e dessa via clássica. No meio da via estávamos  conversando e se conhecendo. Nereida comentou que havia gostado da reforma feita na via, sendo sentiu o lance muito longo logo depois da primeira chaminé até uma parada dupla em um platô de pedra desconfortável. Mencionei que havia participado da manutenção mas não lembrava de nenhuma parada dupla no meio desse esticão. Ajudamos algumas vezes a Juliana recuperando material que ela deixou cair, ou não conseguia recuperar, percebi que a comunicação entre as duas era muito ruim. Juliana quase não entendia o que Nereida falava, e nos pedia ajuda para compreender a comunicação . E houve um momento no artificial que eu me comunicando com a Valeria ,havia dito que minhas costuras haviam acabado e que possuía mosquetões de roscas. Nereida tendo ouvido isso me desceu algumas costuras dela para proteger corretamente o lance e aguardou para recebe-las de volta no platô da parada. No final acabamos terminando a via praticamente juntos, procurando os grampos do ultimo esticão. Já no cume, nos despedimos de Nereida e Juliana e fomos em direção ao Rapel da Via Sergio Jacó que fica no outro lado do cume. No caminho encontramos a urna e assinamos o livro de cume. Escalamos e Fizemos todo o rapel com uma corda apenas. chegamos no chão quase sem luz, mas ainda sem lanterna. Estávamos satisfeitos por todo o dia aproveitado. Voltamos ao Camping, desmontamos a barraca, arrumamos as coisas, comemos e voltamos de cabeça feita para o Rio.
Obs: Na volta o carro da Miriam quebrou e chegamos 4 da manhã em casa. Mas mesmo assim felizes pelas conquistas.
Abraço.
Caiê Visintin
set/2018